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domingo, 2 de maio de 2010

O depoimento

Ontem fui depor como testemunha. Não foi nada agradável uma vez que tive de relembrar os incidentes dos últimos tempos e falar deles.
Eu não acredito na justiça, embora ela seja importante (aprendi em filosofia que o Estado, o Direito e a Política são extremamente importantes para a sociedade). A alguns anos que o meu primo faz desgraças. Com 7 anos vi-o meter facas pela porta de madeira dentro e eu a minha mãe e a minha avó dentro desse quarto. A minha adolescência tem sido assim, acordar sobressaltada do meu sono tranquilo e não conseguir dormir nos dias seguintes,ter medo de estar dentro da minha própria casa(supostamente o local que nos deveríamos sentir mais seguros), ver a porta da minha casa ser partida, o carro da minha mãe ficar sem vidros, ver a vida dos que me rodeiam em perigo e tudo isto por causa de um louco bebâdo que é incetivado demasiadas vezes a fazer isto e que parece ter 7 vidas como os gatos pois quando se magoa acaba sempre tudo por ficar bem para ele. Refelecti sobre isto e acho que uma das razões das pessoas irem à igreja é para pedirem justiça divina, pois tal como eu deixaram de ter fé na justiça dos homens.
Não sei quando é que este filme de terror a que já assisti demasiadas vezes vai ter fim mas tou cansada de não ter paz. As tréguas por parte deles(os meus dois únicos primos incetivados e também por vontade própria) são uma horrível espera porque apesar de não acontecer nada durante uns tempos mais cedo ou mais tarde eles voltam a fazer o mesmo.
É nos momentos em que a minha casa é atacada que me sinto mais impotente e cada vez consigo agir menos. Da última vez perdi a força das pernas de tão nervosa que estava e fiz escoriações no braço pois batia na janela e gritava "Vai te embora!".
Dizem que não há ninguém sem problemas, é bem verdade. Muitas vezes me dizem que sou demasiado séria talvez porque não aparente ter problemas, mas tenho e sofro muito com isso.

ISabel

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